Você já ouviu falar em glocalização? Esse é um termo relativamente novo e que, apesar da sua semelhança com “globalização”, na verdade, propõe uma nova maneira de encarar as velozes mudanças globais.
Para entender melhor as semelhanças e diferenças entre glocalização e globalização, preparamos este artigo para discutir a relevância do tema para o mundo de hoje e para a educação.
O que você vai ver neste post:
Boa leitura!
A globalização é um processo que vem crescendo e se atualizando desde as expansões marítimas do final do século XV... Hoje, em apenas poucos cliques, temos acesso às mais diversas informações e acontecimentos de todas as partes do mundo. Isso gerou uma interação muito mais dinâmica entre culturas diferentes.
A glocalização é um conceito novo, que une as palavras global e local para denominadas interações multiculturais entre marcas, pessoas e instituições.
O objetivo principal da glocalização é incentivar um processo de internacionalização que ainda valorize o que é tradicionalmente local. É globalizar sem deixar de lado características que tornam cada cultura única. Ou seja, expandir os horizontes para uma perspectiva global de mundo, mas, ainda assim, ter ciência da importância dos costumes e tradições culturais de um local específico.
Partindo desse pressuposto, a glocalização está relacionada a um senso de autoconsciência cultural de cada região, sempre considerando o “global mindset”, sem deixar de lado aquilo que torna cada região e cada cultura únicas e especiais, como a ancestralidade, as histórias e as tradições.
Assim, a preservação daquilo que é local e tradicional passa também a ter relevância nas discussões a nível internacional, pois a glocalização visa à promoção da diversidade, entendendo que proteger a identidade regional é o que torna a expansão cultural mais rica.
Na educação, a glocalização tem um papel instrumental de aprimorar os processos de aprendizagem e trazer para a sala de aula metodologias inovadoras que se comuniquem melhor com o perfil dos estudantes de hoje.
Entendemos a glocalização como perspectiva de mundo. E aplicamos este pilar na educação, em que o processo de ensino precisa ser relevante para os alunos e levar em conta seus interesses pessoais, além da realidade digital contemporânea.
Para garantir uma educação de qualidade, que seja, de fato, glocal, as escolas devem repensar suas propostas pedagógicas, pois os métodos antigos não têm mais o mesmo efeito. Já que o mundo mudou drasticamente nos últimos vinte anos, a educação tem de se reinventar e evoluir para acompanhar os paradigmas da sociedade atual.
Um exemplo disso é a inclusão das novas tecnologias na sala de aula. Algo que antes era visto com maus olhos por parte dos pais e dos educadores, hoje, é uma ferramenta indispensável para o desenvolvimento dos alunos em um mundo cada vez mais conectado virtualmente.
A gamificação também é um fenômeno que encontrou seu lugar na sala de aula. O uso de jogos de computador dentro das escolas que, antes, era um tabu, hoje, é incentivado, desde que seu uso esteja alinhado com o ensino de competências relevantes e que agregue valor aos estudantes. Por exemplo, o ensino de codificação, o exercício do trabalho em equipe e a introdução de novas tecnologias. Para tanto, contamos com parceiros renomados, como Árvore e Educacross.
O papel da glocalização dentro do universo da educação é permitir que o mundo acadêmico adentre a realidade dos alunos provido de uma linguagem e abordagem que seja, de fato, interessante para eles. Assim, a curiosidade natural é instigada e o espaço necessário para aprender é criado.
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Agora que entendemos como a glocalização tem o seu espaço dentro da educação, temos, também, de discutir o papel do aluno, que é parte ativa do processo de ensino. Afinal, quais as características que constituem o estudante glocal?
Os interesses e as paixões dessa nova geração são distintos das anteriores, mas o que podemos notar é que a tecnologia sempre está presente no seu dia a dia, seja para estudos, seja para recreação.
Criar uma ponte que permita um relacionamento mais significativo e construtivo entre educadores e os alunos dessas novas gerações é o desafio da educação de hoje.
Tivemos de abandonar velhos conceitos e abraçar novos, mas tudo isso acontece, principalmente, para que possamos promover uma educação completa e que prepare os alunos para as constantes mudanças do mundo e do mercado de trabalho igualmente transformado por esse novo paradigma global.
O uso das tecnologias dentro da escola veio para ficar, mas, para além disso, é necessária a inserção de mais diálogos e de humanização dentro da sala de aula, oferecendo compreensão e auxílio às necessidades de cada aluno de maneira mais pessoal e individualizada.
Em resumo, o estudante glocal tem um perfil direcionado ao mundo que ele conhece hoje, sempre pensando também no futuro. Ele valoriza sua cultura local, interessa-se pelos costumes e tradições de sua cidade, região e país, ao mesmo tempo em que busca estar conectado com outras culturas do mundo, sabendo valorizá-las pela riqueza e importância histórica. Assim, desenvolve valores importantes, como o senso de comunidade e coletividade, flexibilidade, senso crítico e consciência histórica e socioambiental.
Promover o diálogo e valorizar a diversidade é essencial para a criação de uma sociedade mais empática e para a formação de alunos e cidadãos mais ativos e conscientes.
Como já discutimos nos tópicos anteriores, sabemos que a glocalização exige uma participação mais ativa por parte dos professores e das instituições para que as novas metodologias possam ser aplicadas com sucesso.
Mais do que isso, essa participação no cotidiano dos alunos também é um incentivo para o diálogo e a reflexão sobre temas diversos e discussões em grupo.
Tudo isso se relaciona ao entendimento do lugar em que o aluno, como indivíduo, ocupa na escola e no mundo.
Incentivar o diálogo entre instituições, educadores, alunos e responsáveis cria um senso de comunidade e de colaboração entre todos, o que promove a construção e fortalecimento das identidades individuais e coletivas.
O diálogo e a troca de experiências no contexto educacional são fatores que ajudam no desenvolvimento e desempenho escolar, assim como nas interações sociais, formando alunos mais empáticos, prestativos e proativos em suas rotinas.
Agora você já entende por que a glocalização é importante para a educação, mas você sabia que ela já é aplicada no Colégio em Jundiaí? Conheça mais a nossa proposta pedagógica agendando uma visita em nosso espaço.